Tudo sobre o peixe Robalo

9 de junho de 2024 Por Paulo Cardone 0

Características, nome científico, como pescar e mais

Robalo é um nome utilizado para se referir a várias espécies de peixes. A nomenclatura científica, porém, é Centropomus undecimalis (Bloch). Ele pode ser encontrado na costa brasileira e também em parte dos Estados Unidos.

Em algumas regiões brasileiras, em especial norte e nordeste do país, o robalo é conhecido também como Camurim, palavra que é originária do Tupi.

Hoje você saberá tudo sobre o Robalo, tipos, curiosidades, características e dicas de criação e pesca. Continue acompanhando esse conteúdo até o final e tire todas as suas dúvidas sobre esse peixe.

Informações científicas sobre o Robalo

Como dito anteriormente, além de sua nomenclatura científica e do nome popularmente conhecido, o robalo também pode ser chamado de Camurim em algumas regiões. Porém, os dados oficiais são:

  • Nome Científico: Centropomus
  • Família: Centropomidae
  • Ordem: Perciformes

O nome “Robalo” tem origem no espanhol “Lobarro”. Em algumas regiões ainda podem se referir a ele como robalinho, peba, chaliço, escalo ou robalete.

O nome “Centropomus” também faz referência à palavra grega κέντρον (centro, “ferrão”). Isso ocorre porque os robalos possuem espinhos nos opérculos, que são placas ósseas localizadas na lateral da cabeça.

Os opérculos estão localizados antes das guelras e tem como função proteger as brânquias. É uma estrutura bem comum em peixes ósseos, como é o caso do robalo.

Onde vivem os robalos?

O robalo é um peixe de água salgada. Portanto, ele pode ser encontrado no oceano Atlântico, partindo da Flórida, passando por parte do México até chegar ao sul do Brasil, em Santa Catarina.

Eles podem viver em até 100 metros de profundidade, tanto em fundos arenosos quanto rochosos. Não é frequente, mas também existem robalos em água doce.

Uma de suas principais características é que essa espécie se mostra bastante resistente a alterações drásticas de salinidade da água. Estudos apontam que o robalo suporta uma variação de sal que vai de desde os 0,5 aos 40%.

É dessa forma que às vezes esse peixe acaba entrando em lagoas e de água doce. Eles também parecem suportar muito bem a variação de temperatura, sobrevivendo de 2°C a 32ºC.

Há ainda ocorrências da espécie em estuários e manguezais. Ele tem preferência por permanecer em água funda e barrenta.

Ele trem preferência por águas mornas e calmas. O robalo costuma procurar por locais com pedras e vegetação, onde consiga descansar de maneira despreocupada.

Tipos de robalo – conheça as 6 espécies do Atlântico

No total existem seis tipos de robalos catalogados no oceano Atlântico. No Brasil existem 4 diferentes tipos de robalo. As espécies do atlântico são:

Centropomus undecimalis

Foto do Museu da Flórida por Zachary Randall

Conhecido como Robalo-flecha, Robalão, Robalo-Branco ou robalo-Comum, esse peixe é encontrado dos Estados Unidos até o Sul do Brasil. Ele pode medir até 1,5 metro e chega a 25 kg. Costuma subir os rios para desovar na época do inverno.

Essa é uma espécie amplamente valorizada na pesca esportiva do país. Ele costuma nadar em cardumes e possui um corpo alongado bem como listra preta evidente na sua lateral.

Centropomus ensiferus:

Foto do Museu da Flórida por Zachary Randall

O seu nome popular é Camorim-sovela, mas também pode ser chamado de Camorim-espora, Robalo-espora mas, principalmente, robalo-Espadachim.

É considerada uma espécie razoavelmente pequena, chegando a medir 36,5 cm. As escamas são prateadas e ele possui manchas amareladas na cabeça e no dorso.

Assim como o anterior é amplamente apreciado na culinária graças a sua carne macia e saborosa. Embora exista na costa brasileira é um pouco menos comum, sendo a maior ocorrência na Costa Americana.

Centropomus parallelus:

Foto do Museu da Flórida: Zachary Randall

Esse é um dos tipos de robalo mais comuns e mais populares no Brasil. Você deve conhecê-lo como Robalo-peva, Robalo-peba, Robalinho, Camurim-corcunda. A cabeça é a grande, assim como a boca. A mandíbula, porém, é achatada e saliente.

Sua ocorrência se concentra especialmente entre o Golfo do México até Santa Catarina. Na fase adulta essa espécie chega a 60cm e pode pesar 5kg. O robalo-peva pode ser encontrado com facilidade em estuários e manguezais.

Centropomus pectinatus

Foto do Museu da Flórida por Zachary Randall

Esse tipo de robalo é encontrado especialmente na costa americana e em parte do nordeste brasileiro. Ele não é muito grande, atingindo cerca de 40cm. Seu dorso é acinzentado e as nadadeiras possuem um tom esverdeado.

A cabeça é grande, assim como a boca. Sua ocorrência se dá em costas de rios, riachos, canais e lagos com vegetação.

Centropomus mexicanus

Conhecido como robalo-Gordo de escama grande. Ele se assemelha muito com o robalo-Peva e podem ser confundidos em algumas situações. O principal diferencial entre eles é que o robalo-Gordo possui escamas maiores.

Ele também possui uma barbatana bem alongada, que se assemelha um pouco com a do robalo-espadachim, mas não chega a ser tão longa. Ele chega a uma média de 30 centímetros de comprimento. É a espécie mais comum na Flórida e se dá muito bem em água doce.

Centropomus poeyi

Esse é um modelo razoavelmente grande, que pode atingir até 90 cm. No entanto, a maioria dos exemplares permanece por volta dos 50 cm.

Ele prefere água fresca e com alta salinidade. Mas apesar de habitar águas costeiras, estuários e lagoas pode chegar a regiões de água doce. Suia alimentação preferida é composta por pequenos peixes e crustáceos.

Desses, as quatro que estão distribuídas pelo Brasil são: Centropomus undecimalis, Centropomus parallelus, Centropomus ensiferus, Centropomus pectinatus. Eles ocorrem em Santa Catarina até a costa maranhense.

As espécies de robalos se diferenciam de acordo com suas escamas, cores e formato do corpo. Adaptar-se a elas e reconhecer cada uma apenas ao olhar requer grande experiência com a captura e convivência com esses animais.

Tipos de robalo do Oceano Pacífico

Além do robalo do Oceano Atlântico, há ocorrência de outras 6 espécies de robalo no Oceano Pacífico. É bem mais difícil encontrar informações sobre elas, mas reunimos aqui alguns dados importantes.

Centropomus armatus

Conhecido como “Robalo Armado” esse peixe ocorre no Oceano Pacífico, na parte leste, que comporta o México e chega ao Equador. Tem o tamanho máximo de 37 centímetros, sendo a média de 27 a 30 cm.

Ele possui um corpo alongado e tem a característica linha lateral estendendo-se até a borda da nadadeira caudal. O seu interior é cinza azulado com barriga prateada.

Centropomus viridis

Esse é conhecido como Robalo Branco do Pacífico. Ocorre no Pacífico Central Oriental passando pela Califórnia, México e Golfo da Califórnia até o Peru e Ilhas Galápagos. Ele pode alcançar até 117cm.

Centropomus medius

Pode ser encontrado no Pacífico oriental, indo da costa sudoeste da Baja Califórnia seguindo pelo México e o Golfo da Califórnia central chegando ao norte da Colômbia. Há também ocorrência desse robalo em água doce. Normalmente está a 250 km da costa.

Centropomus robalito

Os exemplares adultos se concentram em estuários, mas também ocorrem em água doce. Essa espécie mantém uma dieta composta por peixes, crustáceos e moluscos.

Ele possui o verso cinza azulado e a barriga branca. Se difere de outras espécies de robalo principalmente pela linha lateral pálida. Está presente no Pacífico oriental, indo do Golfo da Califórnia ao norte da Colômbia.

É bem menor que os outros tipos, também. Os machos chegam a 35 cm, sendo que normalmente o tamanho médio fica em 25 cm.

Centropomus unionensis:

Esse peixe ocorre no Pacífico oriental, indo de El Salvador ao Peru. Chega ao tamanho máximo de 46,0 cm, mas a maioria dos exemplares se fixa em 25 a 30 cm. As suas cores são verso cinza azulado, barriga branca e linha lateral escura.

Reprodução e alimentação dos robalos

O robalo macho pode atingir a maturidade sexual aos 2 anos de idade. Para as fêmeas o tempo é um pouco maior, ocorrendo aos 3 anos.

Durante a fase de reprodução eles procuram locais mais aquecidos para desova. Por isso, em regiões mais frias isso só acontece durante o verão, quando a espécie encontra uma temperatura mais adequada. Mas os locais quentes a reprodução pode ocorrer durante todo ano.

Peixes hermafroditas

Uma das maiores curiosidades a respeito desses peixes é que eles são protândricas hermafroditas. Isso quer dizer que eles chegam à maturidade como machos, mas posteriormente se tornam fêmeas e tendem a permanecer assim pelo resto de suas vidas. Geralmente a mudança ocorre entre os 2 e 7 anos de idade.

Isso ocorre, por exemplo, com o robalo-flecha. Muitas vezes essa mudança ocorre em laboratório, com a indução hormonal usada para que peixes machos evoluam para fêmeas.

Comportamento reprodutivo

A reprodução ocorre entre março e abril, em geral. Por isso, quando esses meses se aproximam as fêmeas começam a migrar para os locais adequados para desova.

Os machos, por sua vez, se organizam em grupos e partem para o mesmo local. Então inicia-se o ciclo de comportamento reprodutivo. As fêmeas circulam rentes às rochas, areia e cascalho. Elas então depositam os ovos nesses locais.

Os machos mais atentos conseguem se aproximar rapidamente e depositam o sêmen, gerando a fecundação. Com sorte, os pequenos ovos não serão devorados por predadores nem arrastados pela maré e virão a eclodir.

É comum que os machos permaneçam com a fêmea para garantir a fecundação, protegendo-a nesse período. Os maiores exemplares costumam adotar um comportamento mais solitário e permanecem com suas parceiras ao invés de se reunirem em grupo.

Alimentação

Com relação a sua alimentação, podemos dizer que esse peixe é um grande predador. Ele se alimenta especialmente de Camarões e pequenos peixes.

No entanto, conforme o peixe cresce e se desenvolve é mais comum que restrinja a sua alimentação somente a outras espécies de peixe, selecionando aquelas menores e fáceis de serem capturadas, é claro.

Sardinha, tainha e peixe-rei são alguns dos pratos preferidos do robalo. Por isso, locais onde há grande ocorrência dessas espécies costumam atrair cardumes de robalos que se interessam pela fartura.

Alimentação em cativeiro:

Para peixes criados em cativeiro isso não muda muito. A alimentação predominante será de espécies de peixes menores e camarões.

No entanto, é preciso se atentar para a origem do robalo. Exemplares capturados em água doce têm preferência por girinos e lambaris. Mas, para aqueles capturados no oceano não há problemas em alimentar com outros peixes.

Características físicas

Você já viu que existem diferentes espécies de robalo. O que s diferencia em especial é o aspecto físico, que pode variar bastante de uma para a outra.

O robalo-Flecha é o mais procurado pelos pescadores. Ele possui corpo alongado e escamas. A boca é ampla e a mandíbula inferior se projeta para a frente.

Enquanto o dorso é acinzentado a barriga possui tonalidade mais esbranquiçada. No entanto, em todo o seu corpo é possível perceber um reflexo esverdeado.

A listra negra em toda a sua lateral, que vai desde o corpo até a cauda, é uma das marcas registradas dessa espécie. O robalo-flecha é o maior deles, com exemplares que chegam até 25 kg.

Uma das formas mais fáceis de diferenciar as espécies de robalo é analisando o seu tamanho. Além disso, alguns detalhes, como formato da boca e da cabeça podem ajudar na distinção.

Tamanho:

Como dissemos, o tamanho pode variar bastante, sendo o principal fator diferencial de uma espécie para a outra. O robalo-flecha, que é o maior deles, chega a 1,2 metros e pode pesar até 25 kg. Outras espécies são bem menores e atingem cerca de 40 a 60 cm, como é o caso do robalo-peva que pesa no máximo 5kg.

Em 2014 foi noticiado que um pescador de Itanhaém, no litoral de São Paulo, pescou o maior robalo já registrado. O peixe era um robalo-flecha de 27,8 kg e 133 cm. Segundo relatos de Alexandre Gonçalves, o captor, a pesca levou cerca de 40 minutos para ser concluída após o animal fisgar a isca.

Dicas de pesca – como capturar um robalo?

Se você pretende iniciar a pesca esportiva de robalos, é importante estar preparado para lidar com essa espécie. Algumas dicas podem facilitar a captura, tornando a experiência mais prazerosa.

O primeiro passo é fazer um pré-estudo. Fatores como horário da pescaria, clima, a maré, a temperatura da água podem interferir diretamente em sua pescaria.

Por exemplo, águas mais aquecidas, com temperatura superior a 21 graus, faz com robalos fiquem mais próximos da superfície. Já para temperaturas mais amenas ou baixas, inferior a 15 graus, a posição do cardume deve ser em meia água ou fundo.

Há também indícios de que as melhores luas para pesca são minguante e a crescente. Isso porque elas influenciam diretamente a maré, o que também impacta no comportamento do peixe.

Esse peixe prefere, de modo geral, águas mais calmas. Será mais fácil encontrar a sua presa por ali. Então análise tudo com antecedência para escolher o melhor cenário para pesca.

Cuidado no manuseio:

As guelras do robalo são bem afiadas e podem causar ferimentos. Por isso aconselha-se que o manuseio seja feito pela boca. Por se tratar de um peixe mais arisco, ele tende a se movimentar muito quando retirado da água.

As guelras afiadas também são o motivo pelo qual os robalos conseguem romper as linhas e fogem durante a pesca muitas das vezes. Por isso, atenção redobrada para não perder o seu peixe.

Melhores iscas para pescar robalo

Para capturar um robalo você pode utilizar iscas naturais ou artificiais. Elas também podem ser vivas ou mortas. Camarões e peixinhos vivos como corrupto, lambari, piaba, manjuba, mamarreis e barrigudinho, são as melhores escolhas para margens e para serem usadas próximas ao fundo.

Já entre as artificiais a dica é que aposte em zara, stick, popper, crank bait, jig e plugs de fundo. Essas podem ser usadas especialmente em troncos, galhadas e margens.

No entanto, lembre-se sempre de entender onde o peixe estará no momento da pesca para selecionar a melhor isca. Além disso, é importante saber se a água é turva ou clara para escolher a cor adequada. Águas mais claras requerem use iscas de cor suave, enquanto águas turvas demandam iscas de cores mais fortes.

Outra dica importante é que o pescador teste diferentes tamanhos de iscas. Esse peixe é conhecido por ser mais exigente na hora de fisgar. Por isso é interessante ter diferentes tipos de iscas para entender o que melhor servirá na hora.

Varas e linhas – quais usar para pescar Robalo?

A escolha de varas e linhas adequadas também pode representar o sucesso ou o fracasso de sua pesca. Por isso, prefira usar a vara de ação média, de 5,8 a 7 pés. Essa é a mais utilizada para pescar robalos.

Arte de Mark Erickson

Já com relação à linha a dica é de escolha considerando o tipo de isca que você vai usar. Com relação a espessura pense sempre em qual espécie de robalo você está pescando.

Para espécies de até 4 quilos, a libragem da linha deve ser de 10 a 17. Já se a ideia é lidar com um robalo-flecha, por exemplo, que é bem mais pesado, a libragem deve ser de até 30 libras.

Mas o local onde a pesca ocorre também influencia na grossura de sua linha. Na região costeira é comum que peixes maiores circulem, o que pode aumentar os riscos de ruptura. Para não sofrer com esse problema escolha uma libragem entre 35 e 40.

A linha grossa é mais resistente e garante maior segurança na pesca. O robalo, quando pego, tenta se esconder entre galhos, o que pode facilmente fazer com que você perca a linha e o peixe.

Conheça as leis da pesca

Uma das coisas cruciais para quem pretende pescar é conhecer as leis que regem a atividade. Elas existem para evitar a pesca predatória, aquela que pode colocar em risco a perpetuação de uma espécie.

os meses de novembro e dezembro, por exemplo, são proibidos para pesca. Isso porque nesse período os peixes estão em situação de desova. É importante estimular a procriação para que novos exemplares cheguem. Você pode acessar as informações sobre período de defeso clicando aqui.

Há ainda limitações de tamanhos para pesca em alguns estados brasileiros. No Paraná só é autorizada a pesca de Robalo-Peva de no mínimo 40 cm. Para o Robalo-Flecha o tamanho mínimo é 60 cm e máximo de 70 cm.

Isso garante que somente exemplares adultos sejam capturados, permitindo que filhotes cheguem a fase de reprodução para dar continuidade à espécie. O texto está disposto na resolução Secretaria do Meio Ambiente (060/08).

As regras de captura foram baseadas em um profundo estudo, intitulado “Biologia Reprodutiva do Robalo-Peva no Sistema Baía de Guaratuba, Paraná-Brasil”, dos biólogos Amanda Bortolan Nogueira e Paulo de Tarso de Cunha Chaves. Nele foi possível compreender com maior cautela o comportamento dos robalos e o melhor período para pesca.

A Flórida também instaurou leis de proteção para evitar o desaparecimento da espécie na costa local. Isso porque uma onda de frio intenso em 2010 comprometeu seriamente a reprodução desses animais, que desovam apenas no verão.

Antigamente, inclusive, a abundância era tanta que os pescadores podiam usar rede de cerco. Porém, com a redução populacional do robalo as autoridades vetaram esse tipo de pesca.

Lanças e redes são proibidas, restringindo a pesca americana de robalo somente ao uso de anzol e linha. É importante saber que as leis a esse respeito se atualizam com frequência. Para quem pretende praticar pesca de robalo em águas americanas vale a pena conferir as leis clicando aqui.

A importância da pesca esportiva

Quem não entende muito de pesca pode julgar que a prática esportiva é algo nocivo. Mas não é. Essa atividade, inclusive, tem um importante teor de sustentabilidade e manutenção da espécie.

A pesca esportiva é aquela em que o animal é capturado e em seguida é solto novamente. Essa pesca não tem como finalidade o abate dos animais, mas sim o registro e, claro, a emoção do momento.

A prática evita desperdícios, já que só serão abatidos aqueles que de fato serão consumidos, sem excessos. Se de cada 100 peixes fisgados o pescador esportivo devolve 90 para o mar, a espécie não corre risco de desaparecimento.

A pesca esportiva movimenta o comércio, incentiva o turismo e não compromete a fauna local. Ou seja, uma atividade que traz inúmeros benefícios para a população e para a espécie.

É importante destacar que a não devolução do animal ao habitat não é bem-vista dentro da pesca esportiva. Os praticantes dessa atividade entendem que existe uma linha tênue entre diversão e destruição e procuram manter a ética e o respeito à natureza.

Dentre os principais cuidados podemos citar o respeito às temporadas adequadas de pesca para cada espécie, que ocorre fora do período de desova, sempre, e até mesmo o uso de material adequado para não abater o animal durante o processo, já que a ideia é devolvê-lo são e salvo para o seu habitat.

Preço do robalo – quanto custa?

Curiosamente o robalo, apesar de amplamente valorizado pela culinária e pesca, não é um dos peixes de água salgada de valor mais elevado no mercado. Na verdade, ele costuma ter um preço médio bastante acessível se comparado a outras espécies.

O quilo do robalo costuma custar algo em torno de R$26,90 a R$69,90. Mas é claro que o preço pode variar de acordo com região do país, tipo de conserva, se é peixe fresco ou congelado, se está limpo ou precisa de limpeza etc. Tudo isso impacta diretamente o valor do peixe.

Também precisamos considerar a época do ano em que o peixe é vendido. Em períodos de maior fartura naturalmente o preço tende a cair, enquanto nos meses de menor quantidade o robalo fica mais caro.

Datas comemorativas também valorizam mais a peça. A Semana Santa, que é uma comemoração Cristã onde o consumo de peixes em geral aumenta muito, o valor é muito mais alto do que qualquer outra época do ano.

Principais Curiosidades Sobre O Peixe Robalo

Um peixe como o Robalo é cheio de curiosidade e fatos interessantes. Quanto mais pesquisamos e conhecemos essa espécie, mais encantados ficamos com suas peculiaridades. Veja a lista com algumas das melhores curiosidades:

O dono do mangue:

É muito fácil encontrar robalos em manguezais. Por esse motivo os pescadores o apelidaram de “rei do mangue”. Mas eles também surgem em baías, lagoas e costões oceânicos, além de subirem muitos km para o período de desova.

O mais pesado:

Os maiores e mais pesados exemplares de robalos estão localizados na costa nordestina. Apesar de estarem presente em todo o litoral brasileiro, é lá que eles se concentram em maior número e s desenvolvem mais.

Peixe gigante:

O robalo-Flecha é muito grande. Peixes com mais de 20 kg são considerados normais. Mas já houve ocorrências de peixes com 40kg, ou seja, o dobro de um robalo considerado grande.

Inteligência animal:

Um dos motivos pelos quais muitos pescadores consideram difícil capturar um robalo é que eles costumam atacar a isca com violência. Além disso, o animal parece raciocinar muito bem sobre como tentar escapar da captura.

Faixa de autenticação:

Uma das formas de observar se o robalo é original é observando a faixa lateral que percorre todo o seu corpo até chegar ao rabo. Essa faixa mostra que o exemplar é original.

Crocante por fora, macio por dentro:

O robalo tem uma carne macia, ideal para consumo e amplamente valorizada na culinária brasileira. Uma das formas de preparo preferida dos chefs é envolvê-lo em uma casquinha crocante que valorize a sua maciez. Isso pode ser feito através de crosta de sal, de castanhas/amêndoas ou de pão.

Bom de briga:

O robalo é considerado um peixe bom de briga. Isso se prova em suas caçadas por alimento e também quando ele tenta se livrar do anzol no momento da captura.

Cozinhe a vapor:

A melhor forma de preparar esse peixe é cozinhando ao vapor. Assim você conserva a umidade fundamental para a suculência da carne. Isso também mantém a fibra da carne. O cozimento deve ser rápido para não ressecar.

Desconfiado:

Outra característica é que ele é muito desconfiado. Isso significa que iscas artificiais podem afastar o robalo. Por isso indicamos sempre carregar iscas vivas também, caso perceba que o peixe não está caindo no seu truque.

Dicas de criação de robalo

Além da pescaria o robalo é um peixe ideal para ser mantido em cativeiro. Mas para isso é preciso reserva rum bom espaço, contando ao menos com 3 metros de profundidade por 1 de largura.

Preferencialmente deve-se criar robalo em açudes, tanques escavados ou represas. É necessário ter um cuidado especial quando colocar a malha, para que ela não prenda o peixe.

Como alimentar o peixe no cativeiro

A alimentação do robalo em cativeiro não difere muito daquela em seu habitat natural. Alimente-o com camarões e pequenos peixes, que são justamente os alimentos que o robalo prioriza quando está na natureza. Saiba, porém, que conforme o peixe cresce de mais alimento ele vai precisar.

Reprodução em cativeiro

Se a ideia for reproduzir, saiba que as fêmeas chegam à idade adulta aos 3 anos e os machos aos 2. Indicamos sempre que conte com um especialista para acompanhar esse processo e ajudar na orientação a respeito do processo.

A desova é feita no verão. Mas a reprodução precisa ser feita com inserção de hormônios manipulados em laboratório. Somente assim é possível obter filhotes saudáveis e passíveis de um crescimento satisfatório.

Vale a pena pescar robalo?

Seja para pesca esportiva ou mesmo na criação, o robalo é um peixe amplamente valorizado. Os motivos são diversos.

Pescar esse animal é um tanto divertido, em especial porque ele tende a entrar numa luta com o pescador, tornando a prática ainda mais emocionante.

No Brasil o robalo-Flecha e o robalo-Peva são os mais comuns. Não é difícil encontrar grupos de pescadores que debatem e discutem as melhores práticas para captura dessas espécies.

Com certeza vale a pena pescar robalo. No entanto, é importante ter atenção para respeitar o período de desova, garantindo que novas gerações cheguem às águas para que a pesca continue viva.