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Traíra

Saiba tudo sobre um dos peixes mais populares do Brasil

O nome popular traíra que é usado como gíria no Brasil tem alusão a esse peixe que tem características carnívoras e preferência pelas sombras. Entenda mais sobre a traíra que é um dos peixes mais comuns das águas brasileiras e é considerado um dos mais admirados por fãs da pesca esportiva.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      

Quais são as principais características do Traíra?

 

É possível que você tenha ouvido falar na expressão trairagem, que define alguém que age com falsidade, infidelidade e deslealdade. E é bem possível que essa expressão tenha surgido do nome do peixe “Traíra”.

Não é por menos, esses peixes são altamente preparados tanto para atacar como se defender, e seu nome não fica de fora. Vamos saber um pouco mais sobre um dos peixes mais populares da hidrografia brasileira?

O peixe traíra comum tem por nome científico Hoplias Malabaricus, e de acordo com alguns estudiosos, acredita-se que significa “arranca pele”, segundo a língua indígena tupi. O fato de seus dentes serem extremante fortes e afiados, que são utilizados para segurar as suas presas e se defender dos inimigos, além da sua cabeça possuir  ossos bem duros, que agem como uma armadura, acabou lhe rendendo esse nome científico Hoplias (que quer dizer em grego “encouraçado, armado”).

É conhecido popularmente também por outros nomes, a depender da região do Brasil, como “mal-encarada”, “dentuça”, “Cipó de Viúve” e Robafo. E as traíras fazem jus a como são chamadas pelas pessoas por causa das suas principais características.

Esse peixe está amplamente difundido na América, principalmente no nosso país. E por isso, acaba sendo um dos mais populares e conhecidos, além de ser um dos peixes predadores mais disseminados nas águas do interior do Brasil.

As traíras costumam ser consideradas como um peixe muito briguento, agressivo, feroz, curioso, e isso, porque são altamente territorialistas e acabam garantindo brigas memoráveis.

Elas são predadoras que ficam na espreita, aguardando paradinhas até que uma presa em potencial acabe cruzando seu caminho. As traíras têm uma natureza carnívora e preferem ficar na sombra, se escondendo entre as vegetações, os fundos lodosos, os troncos e as pedras dos locais que elas vivem. E quando elas encontram uma presa, elas dão uma bocada na vítima usando os seus dentes afiados, e depois acabam engolindo a presa por inteiro.

Elas fazem parte de um grupo de peixes que são desprovidos de nadadeira adiposa. Este tipo de nadadeira traz estabilidade aos vórtices que são gerados pela nadadeira caudal ou sensor precaudal que tem o fluxo turbulento. A musculatura da traíra é adaptada para uma natação curta e veloz.

Esse peixe tem escamas cicloides que são escamas lisas e arredondadas e uma abundante camada de muco que tem a função de proteger contra parasitas externos, como por exemplo, sanguessugas.

Tem também uma boca grande, dentes caninos muito afiados e um corpo cilíndrico. Uma curiosidade interessante sobre a traíra é que a cor dela vai variar de acordo com o estado emocional dela e o ambiente em que ela se encontra. Geralmente, a cor da traíra é marrom na região do dorso ou preto com manchas cinzentas.

Durante o verão, a traíra é um dos peixes que ficam mais ativos e para ter sucesso em atrair ela, basta provocá-la. Mas no inverno, esse tipo de peixe acaba virando muito manhoso, e só procura algo curioso e que chame atenção, quando ele realmente precisa. Muitas vezes, elas se enterram no fundo para poderem suportar a baixa temperatura da água. E no mais, ela costuma esperar que o alimento chegue até ela, pois não deseja ter muitas dificuldades.

É muito importante ter um alicate de contenção para manusear esse peixe, pois qualquer descuido que você tiver, pode acabar tendo como resultado uma mordida, até mesmo se ele estiver imobilizado.

Agora que você conheceu as principais características desse peixe, e principalmente hábitos que irão te ajudar na hora de pescar, vamos descobrir os locais onde ele pode ser encontrado?

Onde vivem as traíras?

 

Se você tem vontade de pescar esse peixe, e deseja saber onde você pode encontrá-lo, saiba que ele é um dos mais populares de todos nosso país. E onde nós podemos encontrar as traíras?

As traíras estão amplamente difundidas em todo o Brasil, e podemos ir mais longe, em toda a América, principalmente na América Central e do Sul, desde a Costa Rica até a Argentina, com exceção dos rios da Patagônia e a da área transandina. Em todas as bacias do Brasil (a bacia São Francisco, a Tocantins Araguaia, Atlântico NE Oriental…) podem ser encontrados o peixe traíra.

São animais típicos de ambientes lênticos (principalmente entras as plantas aquáticas) que são locais como:

  • Lagos;
  • Reservatórios;
  • Rios;
  • Lagoas;
  • Brejos;
  • Córregos; e
  • Pântanos.

As principais características desses lugares é ter a água parada e, principalmente não ter correnteza.

Além de poder ser encontrado em todas as bacias hidrográficas do nosso país, ele pode ser capturado durante todo o ano. É um peixe que vive em água doce, e possui escamas e dentes bem afiados.

A traíra não necessita de muito oxigênio para sobreviver, e por causa disso ela têm uma grande capacidade de se dispersar.

Você já sabe onde esses peixes vivem, por isso se desejar fazer a pesca de uma traíra, procure locais como esses. Engana-se quem pensa que só existe uma espécie de traíra! Vamos descobrir um pouco mais sobre quais são os tipos de espécies existentes desse peixe?

Quais são as espécies da traíra?

No Brasil, existe várias espécies de traíras, mas a mais comum é a Hoplias malabaricus (a traira-comum) que é a primeira espécie a ter um nome científico e pode ser encontrada em todo o país. Muitos pescadores não sabem que existem várias espécies de traíra, e acabam achando que pescaram uma traíra comum maior, só que na verdade é uma traíra de outra espécie, como o conhecido trairão.

A maior de todas as espécies das traíras vive na selva da Amazônia, é chamada de Hoplias aimará.  Grande parte das traíras não costumam passar de 50 centímetros de comprimento, mas essa traíra, que é bastante conhecida como trairão, pode medir ao chegar na fase adulta mais de 1 metro de comprimento e pesar mais que 20 quilos. Por causa de seu tamanho, é que recebeu o apelido de trairão. Em algumas partes do país é apreciado como alimento, porém ele possui um excessivo número de espinhos.

Dentre todas as espécies existentes em todo o nosso país, as que são mais comuns e podem ser mais observadas pelos pescadores são a traíra comum, o trairão tornassol que vive no sul do país (Hoplias lacerdae) e o trairão amazônico (Hoplias Aimara).

Como você pode observar, existem várias espécies de traíra, e por isso não é correto afirmar que uma mesma espécie de traíra possuem tamanhos extremamente diferentes e características. Mas como funciona a reprodução desse peixe em específico? Vamos descobrir mais como as traíras se reproduzem.

Como é a reprodução da traíra?

A traíra é um animal ovíparo, ou seja, se reproduzem através de ovos. Ela não realiza a piracema, que é um período em que algumas espécies de peixe embarcam em uma longa jornada rio acima para garantir um local adequado para fazer a desova e a alimentação.

A época de reprodução desses peixes geralmente ocorre entre setembro e outubro, porém pode desovar várias vezes durante o ano. Costumam atingir a maturidade sexual próximo ao seu segundo ano de vida. Isto é considerado uma forma de se adaptar que peixes neotropicais utilizam e acabando reduzindo a competição pelo local que vai ocorrer a desova e alimento paras as larvas.

Essa espécie é bastante territorial, eles formam casais e fazem a preparação do lugar que serão desovados os ovos. As fêmeas costumam construir ninhos em locais com a vegetação submersa. Os ovos costumam ser fertilizados na nadadeira anal que tem forma de concha da fêmea. Elas depositam seus ovos em pequenas depressões com aproximadamente 20 cm de profundidade.

Após a fertilização dos ovos, se torna papel dos machos da espécie cuidar deles por alguns dias até que as larvas eclodam, e assim possam se evadir para a vegetação submersa.  A média da fecundidade de uma população de Hoplias malabaricus foi considerada em 7.875 ovócitos vitelinados, que são ovos maduros e em maturação, os quais serão postos durante o período de reprodução.

Uma curiosidade sobre essa espécie é que os ovos podem ser levados de forma involuntária por aves aquáticas, e às vezes podem aderir as suas patas, aos bicos e as penas, o que justifica o comum aparecimento das traíras em açudes isolados.

 

Depois de entender como esses peixes se reproduzem e algumas diferenças que existem para a reprodução de outros peixes, vamos descobrir de como é constituída a alimentação da traíra?

Como é alimentação da traíra?

A traíra é um animal onívoro e tem uma dieta (em seu ambiente natural) que é predominantemente de peixes, além de anfíbios, insetos, répteis, aves pequenas, sementes e outros pequenos invertebrados.

Quando a traíra está em fase de larva, prefere se alimentar de plâncton, e quando se torna adulta, sua dieta é essencialmente peixes, e outros alimentos listados acima. Esse peixe costuma engolir suas presas por inteiro e costumam ter uma baixa voracidade, além de ter uma grande resistência a períodos de jejum.

Como é um animal nativamente noturno, e por ficar sempre a espreita de suas presas, escondidos em locais escuros como plantas aquáticas, é muito conhecido entre os pescadores por serem preguiçosos.

A traíra possui características como dentes afiados, impedindo que a presa escape, uma musculatura adaptada, e outras características que são necessárias para o tipo de ambiente em que vive a espécie. Porque captar energia é essencial para se manter vivo.

Já em cativeiro, não costuma aceitar alimentos secos, e por isso, muitas vezes se torna necessário fornecer alimentos e carnes vivas, de preferência durante o período noturno. Eles podem até aceitar a ração, mas devem ter sido treinados com a alimentação dessa forma para se acostumar.

Como você pode perceber, a dieta da traíra é essencialmente piscívora, e seus atributos fazem com que ela seja uma das predadoras mais eficientes no meio em que vive. Ficou curioso para saber mais sobre o peixe traíra? Então, continue lendo este artigo para saber tudo e tirar todas as principais dúvidas que você tiver.

Qual tamanho podem chegar as traíras?

Há uma grande confusão quando se fala do tamanho que podem chegar as traíras. Dentre as espécies existentes hoje do gênero Hoplias,a que possui maior ocorrência geográfica é a Hoplias malabaricus, que é conhecida popularmente como traíra.

O corpo dessa espécie é alongado e cilíndrico, é coberto por escamas cicloides, além de uma cabeça alargada e boca ampla. A mandíbula é maior que a maxila, o céu da boca possui duas fileiras de dentículos com forma de “V”.

As traíras adultas da Amazônia podem medir de 30 a 50 centímetros de comprimento e atingir a massa de até aproximadamente 1 kg. Já as que se localizam no sul e no sudeste do Brasil podem alcançar até 5 kg.  E é aqui que as pessoas costumam se confundir com experiências contadas de capturas de traíras bem maiores.

Na realidade, outros peixes desse mesmo gênero, os trairões (como a espécie Hoplias macrophthalmus e Hoplias aimara) podem alcançar até 1 metro de comprimento e pesar próximo a 20 kg. Além de ser maior, pode confundir quem não tem muita experiência quando o peixe está jovem. Essas espécies, diferente da traíra comum, têm a língua lisa e os dentes em formato de “V”. As traíras têm uma expectativa de vida de mais ou menos 10 anos.

Agora, que você entendeu as diferenças dos tamanhos da traíra, e que cada espécie desse gênero pode ter tamanhos diferenciados, você vai aprender como você deve criar a traíra em um criatório.

Como criar a traíra?

Se você tem vontade de fazer um criatório de traíras, vamos dar algumas dicas para você ter sucesso nesse objetivo. O ponto mais importante para você criar esse tipo de peixe é que você conheça os seus hábitos, aprenda sobre onde elas vivem e suas características. Obtendo essas informações, você vai reproduzir com o máximo de eficácia o habitat natural deles, e assim evitar que eles não cheguem à idade adulta, ou até mesmo morram.

Para começar, algumas informações são essenciais para você criar a traíra da melhor forma:

  • O aquário deve ter no mínimo as seguintes medidas: 100 cm x 40 cm x 50 cm, além de ter um mínimo de 200 litros— essa espécie pode atingir um bom tamanho, mas como tem hábitos sedentários, não exigem um espaço muito grande;
  • A temperatura da água deve ficar entre 22º C a 28ºC;
  • O PH da água deve variar entre 5 e 8;
  • No aquário, é necessário possuir um fundo macio de substrato arenoso com muita vegetação aquática visando servir de refúgio para esses peixes; e
  • Você pode adubar o fundo desse local que também trará muitos benefícios.

Antes de inserir os alevinos no seu criatório, faça um povoamento de um peixe que se reproduz facilmente. Para saber mais sobre como engordar as traíras no local em que você vai criar e outras dicas, leia o próximo tópico.

As traíras são bem intolerantes com peixes da mesma espécie, ou as que sejam relacionadas, o que pode resultar na morte desses peixes. Mas, apesar disso, eles podem ser colocados junto com outros peixes de grande porte, desde que eles sejam pacíficos. Pois se forem colocados com peixes menores, com certeza eles serão comidos.

E esse é um dos pontos mais essenciais ao iniciar a criação de traíras, porque muitas vezes por falta de alimento, ou por ser animais canibais, eles acabam matando muitos peixes quando são inseridos no criatório. E quando existem peixes que se alimentam mais do que outros, eles acabam se impondo sobre os outros, fazendo com que estes mais “tímidos” fiquem sem comer.

Muitas pessoas têm dúvida se podem colocar outros peixes nos viveiros já “habitados”. A resposta vai depender de quais tipos de peixes já estão lá, se são carnívoros ou onívoros. Se for a segunda opção, pode colocar novos peixes sem problemas, pois não vai haver muita predação.

Mas se tiver peixes carnívoros, pode haver predação sim. Só que a quantidade, dependerá de alguns fatores como:

  • Há vegetação no seu criatório?
  • Os peixes que já estão nele estão bem alimentados?

Caso haja vegetação no local em que você deseja colocar esses novos peixes, a predação será menor, porque eles vão ter um local para se refugiar dos predadores. E se os animais que já estão lá, estiverem bem alimentados, a quantidade de peixes predados será bem menor.

Se puder, tente colocar peixes novos maiores, pois se você soltar alevinos, a chance deles sobreviverem é muito baixa. Ou caso, você tenha um outro local disponível, você pode pegar esses alevinos, engordar eles, e soltar no açude com outros peixes quando eles estiverem maiores.

Depois de aprender os primeiros passos para montar seu próprio criatório de traíras, agora você vai aprender como engordar adequadamente esses peixes, e diminuir a perca pela predação natural desses animais.

Como engordar traíra?

Aconselha-se que antes da compra dos alevinos para serem colocados no criatório que você escolheu, você faça um povoamento com peixes que sirvam de alimentos para as traíras, de preferência, peixes que se reproduzam de forma mais fácil. É recomendado usar peixes como lambari, sardela e tambiú (você pode colocar 1 peixe por m² para fazer o povoamento).

O período para ter um bom povoamento de peixes para as traíras, vai depender da época de reprodução desses peixes. Se, por exemplo, você pegar peixes que estão no período de reproduzir, então em cerca de 2 semanas, você terá um povoamento pronto para inserir as traíras. Assim como no povoamento, você pode colocar para habitar de forma permanente também, 1 peixe por m², pois haverá perdas de cerca de 20% por predação de alguns pássaros, rãs…

Se você quer potencializar o crescimento das traíras do seu criatório, você pode alimentar com ração que fica boiando na superfície da água, ou colocar peixes também na superfície para evitar que eles gastem muita energia ao se alimentarem, e assim acabarem engordando um pouco mais rápido.

Uma das dúvidas mais comuns existentes entre pessoas que desejam criar traíras, é se é indicado começar a criar em caixas d’água para engordar e depois colocar em criatórios maiores. Ocorre que como esses espaços são bastante pequenos, se faz necessário o uso de produtos químicos para evitar que os peixes fiquem com algumas doenças, porque a chance disso acontecer é muito grande, como, por exemplo, fungos e íctios.

A água deve ser renovada constantemente, e estar bem oxigenada para que se evite estes tipos de doença. Mesmo com tudo isso, ainda pode acontecer que os peixes venham a adquirir essas doenças.

Além de que, é muito provável que quando esses animais sejam colocados em locais maiores e com mais peixes, por serem canibalistas, há uma grande possibilidade deles matarem os outros.

Agora que você sabe como você pode fazer que suas traíras engordem mais rápido e de forma eficiente, além de saber as principais características desse peixe e como eles costumam agir, você vai aprender a melhor forma de pescar esse tipo de peixe.

Como pescar traíra? Aprenda 5 dicas de como pescar traíras

Qualquer tipo de pescador se agrada com uma boa pescaria de traíras! Então, se você quer melhorar ainda mais, seja um pescador experiente ou um novato nessa aventura, aproveite as dicas a seguir:

  • Você costuma pescar em lagos de hidrelétricas?Então, aproveite bastante locais em que a água tenha velocidade, pois as traíras adoram ficar neles. Os pontos mais estratégicos são na foz de córregos e ribeirões;
  • Não fique descalço na embarcação que você está utilizando! Pode acontecer de uma traíra já pescada que aparenta estar calma, acabe te surpreendendo com mordidas dolorosas;
  • Se você pretende no final da pescaria levar algum peixe para comer, evite fazer a pesca em locais que não tenha ligações com águas correntes, ou com água quente e parada. Caso isso aconteça, há uma grande probabilidade de existirem verme na carne. Se a sua embarcação não tiver um viveiro, você pode cobrir os seus pescados com alguns ramos do próprio aguapé (com a raiz e tudo). A umidade dessas raízes fará com que se conserve o peixe fresco e que as folhas fiquem protegidas do sol;
  • Você pode alterar a velocidade ao recolher a sua isca artificial, geralmente em dias mais quentes, ou muito frios, as traíras se comportam de forma mais lenta;
  • Locais com muito vento são péssimos para a pescaria desse peixe. Quando isso ocorre, oscilações causadas na superfície da água fazem com que os órgãos de equilíbrio dos peixes sejam alterados. Por isso, evite ao máximo pescar nessas condições, sempre buscando técnicas para driblar esse empecilho.

Pegou as 5 principais dicas de como pescar traíras? Continue lendo, e descubra a melhor época para pegar esses predadores!

Qual a melhor época para pescar traíra?

Se você quer saber qual é o melhor horário para fazer a pesca de traíra, saiba que elas costumam caçar nas primeiras horas do dia, e no finalzinho da tarde. As estações do ano que elas estão mais ativas são no outono e na primavera, mas eles podem ser encontrados durante todo o ano.

Nos dias de verão, a pesca deve ter preferência em locais mais rasos, pois é onde elas serão mais encontradas. Já no inverno, as traíras têm o comportamento oposto, preferindo locais fundos.

A traíra se comporta de forma diferente a depender de como está o tempo, assim como outros peixes. Geralmente, em dias nublados, e que possuem a temperatura um pouco mais agradável, as traíras costumam ficar mais ativas, e por isso acabam atacando mais rápido as suas presas.

Já dias chuvosos não são muito ideias para fazer a pesca de traíra. O vento sempre costuma atrapalhar, e por isso deve ser evitado o máximo possível, como por exemplo, pescar atrás de colinas altas e reentrâncias. Porque ele geralmente causa alterações nos peixes.

Quando não for possível se adaptar dessa forma, tente fugir o máximo possível de locais com muito vento. Porque os peixes costumam descer para o fundo, para escapar dos efeitos que o vento causa. Mas, quando for pescar, dê preferência para dias claros, com bastante sol, e sem nuvens e vento.

De forma habitual e ao contrário de muitos outros peixes, como o tucunaré, que normalmente, costuma atacar de forma imediata qualquer ser vivo pequeno que esteja passando pela sua área de ação, a traíra pode demorar um pouco mais para atacar.

Por causa deste motivo, os arremessos devem ser feitos de forma repetitiva em cada local que tem potencial de ter traíras, pois fará com que elas fiquem bem irritadas, e acabem atacando.

Depois de saber qual é a melhor época do ano e os melhores horários para pescar essa espécie, vamos descobrir a melhor vara para pesca de traíra ser um sucesso!

Qual é a melhor vara para pescar traíra?

Na pesca tradicional feita em brejos, é comum os pescadores utilizarem o “varejão”, que é uma grande vara de bambu e que bate a ponta na superfície da água antes de arremessar a isca.

Para fazer a pesca de traíra, é preciso ter uma vara de ação média ou rápida. As varas que possuem ação lenta podem acabar atrapalhando sua pescaria, principalmente na hora de fisgar. Quando fisgamos, acabamos por colocar uma energia, e queremos que ela chegue até o anzol e fisgue a boca de peixe.

Com a vara lenta, essa energia acaba se dissipando, e o próprio blank da vara absorve a energia, tornando a fisgada tímida. Com o uso de uma vara de ação extrarrápida, essa energia acaba chegando bem forte na ponta da linha, e muita vezes pode acabar tirando a isca da boca do peixe. Dessa forma, as varas com ação média e rápida são as melhores.

Escolha um tipo de vara de carbono tubular, pois ele é o mais sensível do mercado, e traz uma vantagem ao pescador quando sente uma batida, em especial na pescaria de fundo. Outra vantagem é que a rigidez desse material possibilita uma ação que nós procuramos. Além do mais, o equipamento fica bem leve.

O tamanho da vara vai influenciar diretamente na sua pescaria, para pesca de traíra com iscas artificiais, especialmente zaras e frogs, é comum o uso de varas curtas 5’8 a 6’0’’ por causa da precisão no arremesso.

Quando se utiliza iscas artificiais de superfície, é comum a pescaria ocorrer próximo da margem. Sendo assim, alguns pescadores têm preferência por varas com maior precisão para arremessar debaixo de galhadas e estruturas.

Para utilização de iscas soft, recomenda-se o uso de varas longas de tamanho 6’3’’ a 6’6’’, pois oferece mais poder de fisgada, ajudando a fechar a boca óssea da traíra. Além de facilitar o arremesso, te ajudará a cobrir uma área maior e desviar de locais com mais praticidade.

Deve-se repetir os arremessos em cada local com potencial, irritando a traíra até o seu ataque. Quando você sentir que o anzol está bem preso na boca, utilize o alicate de contenção, e outro com formato de bico para extrair.

Quando for retirar o anzol, não tire jamais a atenção dos dentes, observando as reações dele. Um pequeno descuido ou alívio na pressão dos dedos, pode fazer com que ele gere acidentes com os anzóis ou as garateias.

Você já entendeu os melhores tipos de varas que podem ser utilizados, e agora você vai saber qual a melhor carretilha para pesca de traíra.

Qual é a melhor carretilha para pescar traíra?

Geralmente, os pescadores de traíras gostam de usar carretilhas para pescar com isca artificial. Isso, porque aqui no Brasil é extremamente comum usar iscas de superfície. Essa carretilha possibilita uma maior precisão em seu arremesso, e o uso dela é ideal, caso você queira ter maior dinamismo na pescaria. Afinal, ter um arremesso preciso aliado ao recolhimento rápido é fundamental para ter uma boa eficiência.

Mas, nos últimos anos, têm se usado bastante iscas softs, isso quer dizer, iscas de silicone. Nessa modalidade técnica e de fundo, acaba-se se usando muitas vezes equipamentos mais finesse e o molinete possibilita um conjunto mais equilibrado. Uma vara 6’3’’ para molinete é excelente se você for iniciante e não possua prática de arremesso com carretilha.

Agora, que você descobriu como escolher a melhor carretilha para pesca de traíra, saiba mais qual a melhor isca para usar.

Você pode escolher agora a melhor carretilha para pesca de traíra, e qual a melhor isca para traíra?

Qual a melhor isca para pegar traíra?

Um leader grosso ou empate de aço, tanto com a isca artificial ou natural, é fundamental na hora de brigar com essas traíras. Como a traíra tem costume de comer na superfície e viver entre estruturas, você pode turbinar a sua isca de superfície para que ela não acabe enroscando na vegetação.

Você pode usar como isca natural para traíra pequenos peixes como, por exemplo, tilápias e lambaris, também alguns insetos e minhocas.  Você também pode usar fatias de peixe ou de tuviras, sendo que elas devem ficar de forma que a ponta do anzol esteja livre, pois assim você conseguirá uma fisgada melhor.

Se usar uma piranha, o ideal é que você só aproveite a cabeça, mas se for um lambari, por exemplo, pode usar ele todo. Use o que preferir como isca, as fatias de peixe ou ele inteiro.

Como é um peixe preguiçoso, é normal que você possa ficar mais tranquilo, e não dar atenção para a vara, porque ele costuma fisgar sozinho.

Mas se você for usar isca artificial na pesca de traíra, use cores chamativas (preto, vermelho ou amarelo). O ideal é que você faça variações entre as técnicas e estilos de pesca, como recolher a isca de forma rápida, lenta, ou até mesmo em média velocidade a depender da situação. Você pode alterar entre dar intervalos mais rápidos ou mais pausados no toque da ponta da vara.

Quando a traíra estiver mais ativa, é aconselhável usar iscas de superfícies, mas se achar que ela está mais manhosa, você pode usar iscas de meia água ou de fundo, além disso pode usar sua isca no sistema weitghtless (sem peso). Essa é mudança é crucial, em especial as com cores críticas. E é fundamental que saiba trabalhar nos dias que ela estiver mais lenta, sabendo alterar a velocidade de recolhimento da sua isca artificial.

 

Dessa forma, você vai garantir ótimos resultados na pescaria.

As melhores iscas para quem deseja pescá-lo são as que fazem bastante barulho na superfície de onde ele habita. Mesmo os pescadores que usam as iscas naturais de pequenos pedaços de peixes, é um costume bater a própria isca usada ou até mesmo a ponta da vara na superfície da água para provocar a traíra para o ataque, e enfim pescá-lo.

No uso de iscas soft, você pode usar um empate de aço flexível de 10 lb, e cerca de 12 cm de comprimento para a linha não arrebentar. Você capturar sem arame, mas corre o risco de acabar arrebentando a linha. Se você usar anzóis maiores, como por exemplo, 4/0 e 5/0, vai facilitar na hora de pegar as traíras de grande porte.

Procure fazer a utilização dos spinnerbaits e buzzbaits que tenham contraste com a cor da saia da isca. Para que isso aconteça, basta amarrar com a linha de multifilamentos e colar o local onde a linha fica presa para tornar a isca mais eficiente.

É necessário reforçar os anzóis e os split rings (argolas) do plgus. Isso, porque, se não for feito, quando você pegar um grande exemplar, pode ocorrer de ele abrir ou virar um oito literalmente.

Você pode também, usar as costas do seu remo para cortar e filetar as iscas. E se quiser deixar sua isca ainda mais resistente, é só amarrar com uma linha de multifilamento e colar o local onde a linha é presa. Quando a traíra fisga a isca, pode acontecer dela morder a linha, fazendo com que você perca seu material. Usar anzol encastoado e linha de fluorocarbono é bastante interessante para evitar algumas perdas.

Conclusão

A traíra é uma espécie altamente territorialista, e é um dos maiores predadores das águas brasileiras. Pode ser encontrada durante todo o ano para ser pescada, em todas as bacias hidrográficas do Brasil e na maior parte da América. Além disso, ela possui horários que são melhores para pescar, e um clima totalmente favorável, se você deseja aumentar a quantidade de peixes fisgados.

Além disso, para pescar traíras, alguns passos podem te ajudar a ter mais sucesso para pegar essa espécie. Como escolher locais que elas costumam viver, e saber os hábitos que elas possuem.

Também é preciso ter bastante cuidado ao manusear esse peixe, pois ele possui dentes muito afiados, e a sua mordida pode causar muita dor. Principalmente, porque possui muita resistência a uma baixa oxigenação, e pode ficar viva por mais tempo que a maior parte dos peixes fora da água.

É importante salientar que para ter um criatório com traíras, cuidados especiais são exigidos, porque eles podem acabar matando os outros peixes, considerando que são carnívoras.  Por isso, deve ser feito uma preparação do local em que elas vão habitar, podendo, como exemplo, ser feito um povoamento de espécies que se reproduzem facilmente.

Portanto, a traíra é uma espécie muito comum no Brasil, e por isso com todas essas informações e dicas, temos certeza de que você estará mais preparado para pescar esse tipo de peixe. Uma ótima pescaria!

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